Rádio Conexão News

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

ENFERMARIA DA SANTA CASA DO RIO GRANDE NÃO DEVERÁ RECEBER PACIENTES COM COVID ATÉ QUE SEJAM FEITAS ADEQUAÇÕES



A pedido do Ministério Público, a Secretaria Estadual da Saúde realizou, nesta sexta-feira, 31, uma auditoria na ala destinada a pacientes com Covid-19 da Santa Casa do Rio Grande (enfermaria e Pronto Socorro). “O objetivo foi verificar se o atendimento estava sendo executado em conformidade com os padrões regulamentares e identificar falhas, irregularidades e possibilidades de melhorias”, explicou a promotora Camile Balzano de Mattos, que recebeu diversas reclamações da sociedade acerca de problemas no local.

Diante do quadro encontrado e seguindo recomendação do médico intensivista Edgard Vernetti Ferreira, auditor da 3ª Coordenadoria Regional da SES, que realizou a inspeção, a Secretaria Estadual da Saúde enviou ofício para a Santa Casa do Rio Grande e para o secretário municipal da saúde, Maicon Lemos, para que não sejam realizadas novas internações de pacientes clínicos na ala da enfermaria Covid do hospital, até que sejam providenciadas as adequações para o devido atendimento. Novos pacientes que aportarem ao local de atendimentos deverão ser cadastrados no sistema Sistema de Gestão de Internações do Estado visando o encaminhamento para outros leitos da região. Os que se encontram internados também deverão entrar na lista do Gerint para que sejam transferidos.

A conclusão do relatório foi que “a qualidade da assistência aos pacientes portadores de infecção pelo coronavírus na Santa Casa do Rio Grande está comprometida e não há proteção adequada para os profissionais envolvidos no atendimento a esses pacientes”.

“Devido aos problemas encontrados, a própria Secretaria da Saúde fez o que lhe competia. Então, vamos fiscalizar se as determinações serão cumpridas no sentido de adequar a instituição hospitalar para um atendimento adequado aos pacientes de covid da região”, ressalta a promotora Camille.

PROBLEMAS APONTADOS NA AUDITORIA

Dentre as inúmeras irregularidades encontradas estão a falta de EPIs aos funcionários; o hospital não fornece lençóis, cobertores ou camisolas à maioria dos pacientes e as equipes de trabalho estão em quantidade insuficiente de profissionais médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas.

Quanto ao Pronto Socorro, o espaço destinado ao atendimento dos pacientes com Covid conta com ampla comunicação com as áreas da emergência, sem qualquer isolamento e não há paramentação adequada das equipes.

Por Gabinete de Comunicação Social do MP/RS