Rádio Conexão News

terça-feira, 5 de junho de 2012


'Está errado', diz ministro sobre reunião de Mendes com Lula

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello afirmou ontem que nunca deveria ter ocorrido o encontro em que o colega Gilmar Mendes disse ter recebido do ex-presidente Lula pedido para adiar o julgamento do mensalão. "Está tudo errado", afirmou.
Sérgio Lima - 19.dez.2011/Folhapress
Ministro do STF Marco Aurélio Mello
Ministro do STF Marco Aurélio Mello
Segundo reportagem da "Veja" desta semana, Lula ofereceu em troca blindagem na CPI criada para investigar supostas relações criminosas de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários. O ex-presidente nega o teor da conversa.
FOLHA - Como o sr. avalia esse encontro do ministro Gilmar Mendes com o ex-presidente Lula e o pedido de adiar o julgamento?
MARCO AURÉLIO MELLO - Está tudo errado. É o tipo de acontecimento que não se coaduna com a liturgia do Supremo Tribunal Federal, nem de um ex-presidente da República ou de um ex-presidente do tribunal, caso o Nelson Jobim tenha de fato participado disso.
Interfere no funcionamento da Corte?
Precisamos compreender uma coisa: ministro do Supremo não é cooptável. No dia em que for, teremos que fechar o Brasil para balanço
O sr. acha que o mensalão pode ser, de fato, adiado por pressões políticas?
Se eu fosse advogado de algum acusado estaria muito chateado com a situação. Pois parece um gol contra. Mas como julgador, continuo no mesmo patamar de isenção. Nada repercute. É o que eu tenho dito. Esse é um processo como tantos outros. Quando for liberado, será julgado. O que me preocupa é outra questão. Se tem gente que pensa que, diante de um ministro do Supremo, que é o órgão máximo do Judiciário, é capaz de interferir, interceder, influenciar, imagina o que deve acontecer com um juiz de primeira instância.
Na sua avaliação, esse episódio de fato aconteceu?
Não posso presumir que o ministro Gilmar Mendes tenha criado esse episódio. O presidente Lula tem uma forma de tocar as coisas concernente ao mundo privado, que funciona em sindicatos, onde ele cresceu. Agora, no campo público é diferente.

sábado, 2 de junho de 2012


Morte de cavalo por maus-tratos leva à prisão de suspeito de receptação

Homem que abandonou animal em Rio Grande, RS, tinha veículos ilegais.
Polícia Ambiental suspeita que suspeito vendia animais para abatedouro.

A morte de um cavalo vítima de maus-tratos em Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul, resultou na prisão de um homem de 63 anos na tarde deste sábado (2). Ao investigar quem era o responsável pelo animal, a polícia chegou até a casa do suspeito de receptação de veículos e de vender animais para abatedouras clandestinos.
Segundo o comandante do Comando Ambiental da Brigada Militar, sargento José Carlos Dutra, o cavalo ficou abandonado em um terreno baldio na Rua 1º de Maio por três ou quatro dias antes de morrer. Testemunhas relaUma denúncia feita pela vizinhança levou a polícia até o local por volta das 8h deste sábado. Os policiais dizem que entraram em contato com diversas secretarias municipais e foram informados que o poder público afirmou que não estaria autorizado a atender esse tipo de ocorrência. “Não obtivemos resposta, então o cavalo continuou agonizando”, afirmou o sargento Dutra.
Ao ser indagado pelas autoridades, o homem contou manter mais sete cavalos. “Acreditamos que ele venda para abatedouros de Pelotas”, suspeita Dutra. O homem, que já possuía ficha criminal, foi detido por receptação de veículos e levado à delegacia da cidade.
Uma denúncia feita pela vizinhança levou a polícia até o local por volta das 8h deste sábado. Os policiais dizem que entraram em contato com diversas secretarias municipais e foram informados que o poder público afirmou que não estaria autorizado a atender esse tipo de ocorrência. “Não obtivemos resposta, então o cavalo continuou agonizando”, afirmou o sargento Dutra.
Lesões expostas e fraqueza indicavam agressões e falta de alimento e água. “Após o caso ser exibido no Jornal do Almoço de Rio Grande, um veterinário voluntário se prontificou a ajudar, porém já era tarde”, declarou o comandante, confirmando a morte do animal no início da tarde.
Moradores próximos indicaram que o proprietário do bicho seria um comerciante local. Ao chegar na casa do homem, a polícia encontrou duas motos em situação irregular, veículos adquiridos em leilão, dois cachorros expostos a fezes e sem alimento, além de 27 bicicletas.
Ao ser indagado pelas autoridades, o homem contou manter mais sete cavalos. “Acreditamos que ele venda para abatedouros de Pelotas”, suspeita Dutra. O homem, que já possuía ficha criminal, foi detido por receptação de veículos e levado à delegacia da cidade.