A Prefeitura do Rio Grande, por meio da Secretaria de Educação (SMED), está desenvolvendo alternativas para a distribuição de alimentos para a população em situação de vulnerabilidade social do nosso município, como medida de enfrentamento ao Coronavírus. Considerando a importância que tem a merenda escolar para os estudantes de comunidades carentes, o poder público municipal se organizou para que esses alimentos cheguem as crianças que mais precisam.
Pensando nisso, a SMEd está produzindo kits de alimentos que serão distribuídos para estudantes carentes. Ainda nesse contexto, em ação paralela, os mantimentos estocados no Núcleo de Alimentação Escolar também serão organizados em kits e entregues a população em vulnerabilidade social de Rio Grande. Vale ressaltar que, como as aulas da rede municipal de ensino seguem suspensas, os alimentos da merenda escolar podem atingir sua data de validade, se tornando impróprios para consumo.
No Núcleo de Alimentação Escolar, são 20 toneladas de mantimentos que seriam destinados para a merenda. Com eles, serão montados cerca de 1100 kits para a distribuição às famílias em vulnerabilidade social. O encaminhamento será feito pela Secretaria de Cidadania e Assistência Social (SMCAS), tendo como referência as informações inseridas no Cadastro Único e de programas sociais como o Bolsa Família. As cestas estão sendo confeccionadas com os seguintes itens: 5kg de arroz; 2kg de feijão; 2kg de açúcar; 2l de leite UHT; 1l de óleo; dois pacotes de massa; dois pacotes de biscoito salgado; um pacote de biscoito doce e uma unidade de extrato de tomate. As cestas já foram montadas, e já estão à disposição da Secretaria de Cidadania e Assistência Social para a distribuição conforme seus critérios.
Segundo André Lemes, secretário de Educação, a medida visa minimizar os impactos da crise causada pelo Coronavírus por meio da distribuição de mantimentos e proporcionar alimentação a famílias em extrema pobreza. “O que nós da SMEd estamos fazendo é uma ação emergencial nesse período de crise que estamos vivendo. É uma ação coordenada da nossa prefeitura, e a gente tem tentado fazer a nossa parte, contribuindo nesse cenário tão difícil. Então organizamos e vamos distribuir, pela SMCAS, 1100 cestas básicas compostas por gêneros da alimentação escolar, que vão chegar para as famílias em situação de extrema pobreza no nosso município, das quais os nossos alunos também fazem parte. A nossa meta é que essa entrega ocorra o mais rápido possível”, destacou.
Ele também explicou que boa parte desses alimentos atingiria sua data de validade no mês de abril. “Nós tínhamos no Núcleo de Alimentação Escolar, muitos alimentos que venceriam agora no mês de abril e nós, de maneira responsável, com aquilo que entendemos que é o papel da administração pública, o bom uso do dinheiro público, não deixaremos que esses alimentos estraguem. Estamos fazendo com que eles cheguem a nossa comunidade e nossas crianças. Para um grupo significativo de crianças que vivem em extrema pobreza, certamente vai ser um fôlego para superar os próximos dias”, disse.
Já o trabalho nas escolas, conforme informações da SMEd, iniciou nesta quinta-feira (26), realizado pelas equipes diretivas, trabalhadores terceirizados, professores e voluntários. As atividades seguem as orientações da Secretaria de Saúde para evitar a proliferação do Coronavírus, como a higienização pessoal e dos itens que estão sendo manejados. As pessoas envolvidas na ação se disponibilizaram para ajudar, estão em bom estado de saúde, e não se enquadram no grupo de risco para o Coronavírus. Para a distribuição dos kits, as escolas estão utilizando a relação de alunos que estão inseridos no Bolsa Família e no Cadastro Único. A informação está disponível para as equipes diretivas das escolas, uma vez que a frequência escolar é um dos critérios para a manutenção do benefício. Assim, os alimentos estão sendo direcionados para as famílias dos alunos em situação mais carente. Nas escolas que tem equipes diretivas inseridas no grupo de risco, os alimentos estão sendo recolhidos para a organização dos kits, que serão entregues aos estudantes da mesma região.
“Autorizamos que as direções das escolas distribuíssem imediatamente a comida que existe nos seus estoques para as famílias da comunidade. Esperamos que, com isso, consigamos minimizar um pouco da fome que muitas das nossas crianças estão passando, o que a gente tem acompanhado e monitorado. Provocamos as escolas para que identificassem os alunos em maior vulnerabilidade social, para começar por eles. Em algumas regiões, quase 100% das crianças estão em vulnerabilidade. Mas os diretores conhecem esses alunos, pois tem a relação dos beneficiários do Bolsa Família. Então essas crianças foram mapeadas, e esses alimentos irão chegar até elas. O que queremos é que os alimentos cheguem a quem mais precisa de forma rápida”, acrescentou André Lemes.