Rádio Conexão News

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

        Dirnei Motta não aceita aliança com o PT


   
O vereador Dirnei Motta, do PPS, falou ao Jornal Agora sobre o seu descontentamento com a aliança anunciada oficialmente na sexta-feira, pelo presidente do Partido Popular Socialista (PPS) no Rio Grande, José Leomar Soares, com os partidos da Frente Popular (PT, PSC, PSB e PPL), que estão à frente do governo municipal. "Desde o início das discussões sobre esta aliança eu disse não concordar. Houve várias reuniões e em todas manifestei a não aceitação de minha parte nesta aliança".

Mas isso não quer dizer que haverá um racha dentro do PPS, garante Motta. Pelo menos Dirnei não pretende sair do partido e não acredita que poderá ser expulso do mesmo por não concordar com a maioria. "Eu não participei do anúncio oficial e nem de nenhum dos encontros de negociação junto ao prefeito Alexandre Lindenmeyer. Não aceitei a aliança, não aceito, e nem vou aceitar. Para mim isso seria falta de respeito para com meus eleitores e para com a coligação a qual me elegeu.

Motta, que inclusive não participou da reunião de oficialização da aliança na última sexta-feira, acrescenta que não acha justo ter sido eleito utilizando material de campanha da coligação com o PMDB, com o apoio do ex-prefeito Fábio Branco e se promover junto com o Partido dos Trabalhadores. "Respeito a opinião do presidente do partido assim como dos vereadores Joel Ávila e Paulo Renato Mattos Gomes em aceitar esta aliança. Mas quero que a comunidade continue a acreditar que pode continuar confiando em mim, que não aceitei aliar-me ao PT, em respeito a todos aqueles que votaram em meu nome e em nome do meu partido".

O presidente do PPS, José Leomar, por sua vez, disse que o vereador tem motivos pessoais para ir contra a aliança, mas que como parlamentar ele continuará respeitando as decisões do partido. Ele ressaltou ainda que o PPS continua unido e que o partido tem o maior interesse na permanencia de Motta.

Com a nova coligação, a Câmara Municipal passa a ter nove vereadores da situação, no lugar de seis. Outros 12 vereadores continuam na bancada de oposição. A partir do anúncio, a presidência da Câmara também passa a ser da situação.

http://www.jornalagora.com.br/site/content/noticias/detalhe.php?e=3&n=40234

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


Atraso em Rio Grande faz 

Petrobras encomendar 

plataformas à China

Problemas na construção de cascos pela Engevix, de Rio Grande, estariam na origem de mudança de estratégia de dar prioridade a conteúdo nacional 


Preocupada em acelerar a produção de petróleo e temendo atrasos na entrega de equipamentos, a Petrobras transferiu para o exterior parte das obras de, pelo menos, quatro plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos. Contratados por mais de US$ 2 bilhões e regras de conteúdo local de até 70% para estimular a indústria local, os serviços foram iniciados na Indonésia e no estaleiro Cosco, em Dalian, na China.
Serão feitos no Cosco uma parcela da transformação (conversão) de três navios em plataformas (P-75, P-76 e P-77) para a área da cessão onerosa, que produzirá até 5 bilhões de barris no pré-sal. Também serão feitos no estaleiro chinês estruturas do casco de uma plataforma replicante (que repete exatamente o projeto de outro equipamento) para o pré-sal de Santos.

— Claramente este é um movimento da Petrobras para poder acelerar o desenvolvimento dos campos — disse o presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Ramos.
A Petrobras também negocia no exterior para afretar (alugar), e não construir, as cinco plataformas (FPSOs) extras para a área da cessão onerosa. O afretamento facilita o cumprimento de meta de conteúdo local, pois a embarcação é computada dentro do cálculo para todo o sistema. A petroleira diz que não há decisão sobre afretamento. Mas a reportagem apurou que pelo menos duas unidades são negociadas com a SBM, de Mônaco, e com a Modec, japonesa.
Fontes do setor dão como certo que haverá descumprimento de conteúdo local nas obras subcontratadas ao estaleiro Cosco. A Petrobras, que precisará prestar contas à Agência Nacional do Petróleo (ANP), nega. "Não haverá descumprimento", afirma, em nota.
O grupo EEP, do estaleiro Inhaúma, responsável pela conversão das P-74, P-75, P-76 e P-77, também afirma que cumprirá o conteúdo local estabelecido no contrato com a Petrobras, prevendo até 35% de realização no exterior.